pelo pouco do pouco que me sobraram
há quem diga que sou crônica
há quem diga que sou conto
desconfio ser um faz-de-contas inacabado
sou castelo de cartas de baralho,
erguido por uma criança entediada
sou castelo de cartas de baralho,
sempre esperando o vento atrasado
sou o que sou, canção descompassada
fiz do pôr do Sol um retrato na parede
com gosto de café amanhecido
sou sempre o que vai, vai, vai...
sentido único
quieto
sozinho
Rio.
há quem diga que sou poema
há quem diga que sou prosa
mas sou mesmo uma piada
sou não-abraço
palavra que nunca será pronunciada
sou pouco, muito pouco
do pouco que me sobraram...
2 Comments:
Subscribe to:
Postar comentários (Atom)
"as palavras precisam de cuidado para sairem... senão vira um turbilhão e ninguém segura... as palavras precisam de um tempo para maturar... precisa de um cadiquinho de sossego dentro da gente... pq senão arrebentam tudo qdo vão embora" - Pricilla Camargo Diniz