Como um rio sem margens, o sangue coloria o chão de madeira do seu quarto. Corpo imóvel branco paz era só silêncio... só silêncio... e qualquer anjo que ali chegava podia ver nitidamente os sonhos do rapaz se evaporando pelos olhos abertos e estáticos... evaporando como as águas de um lago em pleno dia calmo e comum de verão.
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4 Comments:

  1. Carla Soares said...
    Impactantes, profundos, instigantes... assim são, pra mim, os novos poemas.

    Parabéns ao poeta.

    Mas acredito que nem só de solidão e sofrimento vivem os poetas. Suas almas também são cheias de esperança. Do contrário, de que valeria partilhar seus versos? Também acredito que nada (nem mesmo a morte) deveria ser capaz de fazer evaporar um sonho que palpita o coração e habita a alma de um poeta...

    Carla Soares
    BedroomGirl said...
    Adorei cada palavra descrita, ousou de intensidade para relatar a frustração que a esperança traz... morte com sonhos ou vida com utopias??? Foi isso que entendi!!! Um poeta se entrega aos sentimentos e as emoções, não importa se isso o levará à mais vida ou à morte, ele só quer sentir isso à flor da pele.

    Muitos poetas se "suicidavam" para expressarem suas emoções e sentimentos em estágios da literatura como por exemplo no Romantismo.
    Anônimo said...
    Interessante como o banalismo da morte do homem e de seus sonhos é neste poema retratado na forma, num texto sem tropeços, com ar de cotidiano, de uma banalidade incapaz de assustar o Homem atual, que não pasma mais diante da violência contra o humano
    e contra os seus sonhos.

    Parabéns!!!!!!!!!!!!!!!
    Nathalia said...
    A serenidade com que se dava o "subir" era quase possível de ser tocada...

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