São tantas pessoas estranhas
Para se estender as mãos
Uma solidão que não descansa
Que infesta
Sem festa
Que lasca devagar
A casca mole da alegria
Que expõe o cerne humano
De textura azulada, como pão embolorado.
Seria confortável e animador
Se para cada um de nós existisse um cão faminto
E devora,(dor)... a nos farejar.
Para se estender as mãos
Uma solidão que não descansa
Que infesta
Sem festa
Que lasca devagar
A casca mole da alegria
Que expõe o cerne humano
De textura azulada, como pão embolorado.
Seria confortável e animador
Se para cada um de nós existisse um cão faminto
E devora,(dor)... a nos farejar.
16 Comments:
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segue seu rastro
segue teu rastro
segue...
Feliz Novo Ano para o Projeto!
=]
eu sou!
e sito Neruda, em seu final do livro a BArcarola.......
'...De minha parte e tua parte, cumprimos, compartilhamos esperanças e invernos
e fomos feridos não só pelos inimigos mortais
mas por mortais amigos (e isto pareceu mais amargo),
porém não me parece mais doce meu pão ou meu livro
entretanto:
agregamos vivendo a cifra que falta à dor
e segumos amando o amor e com nossa conduta direita
enterramos os mentirosos e vivemos com os verdadeiros."
Expetacular
bjs
Mas ainda não descobri se sou a pessoa estranha ou meu próprio cão.
beijoo
Michelle
ás vezes a dor está mais fundo,
na matriz merestemática dessas almas emboloradas e velhas...
de fato, o super-ego produz súber pra fora, endurecendo a casca carrancuda e protetora, e feloderme pra dentro, anestesiando o eu, e preenchendo os espaços...
talvez esse cão tenha que se empenhar para farejar algo tão escondido e profundo...
que ele encontre, oxalá!
bj*
(nossa, esses seus textos sempre me deixam sem palavras, e certezas...fico me sentindo idiota e cretina...)
até
\o
:D
primeira vez q venho no blog, meu primeiro comentario e minha completa satisfação!
30 de Janeiro de 2009 21:00
A solidão fica.
As mãos estendidas -> sustento!
Belíssimo texto!