E a combustão do caos, que fagulha intelectual, a atiçará?
E a fala cômica do palhaço mímico, em qual nave auricular ecoará?
E o aplauso dos aflitos, neste teatro de piedades, aconteceria de pé?
E o rato salteador de amores, onde roerá?
E a peçonhenta serpente da inveja, sem muda de pele e de bote silencioso,
onde inoculará?
E a vizinha em dança cínica, perfeita bailarina no coito, onde insinuará?
E o lobo de sorriso lascivo, o charme é sua armadilha e a solidão sua virtude,
qual a presa que virá?
E a mãe com sua crença crítica, edificando templo de fantoches, a que deuses oferendar?
E a palavra na crosta seca do céu da boca do sábio, quando brotará?
E o homem tradutor da vergonha, com sua pena e tinta já encheu mais mil pergaminhos,
e seu compêndio servirá?
E a lança da coragem em riste, em qual coração deve cravar?
E a cachaça que arma a tenda de todo este circo, nem precisa purificar!
Parabéns!